PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento
escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas
é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação
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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, DE CURRÍCULO E DE ENSINO
Se
qualquer atividade exige planejamento, a educação não foge dessa exigência. Na
área da educação temos os seguintes tipos de planejamento:
1.1 Planejamento educacional:
Consiste
na tomada de decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do
país. A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de objetivos
em longo prazo que definam uma política da educação. É o realizado pelo Governo
Federal, através do Plano Nacional de Educação e da legislação vigente.
2 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR
O trabalho
docente é uma atividade consciente e sistemática, em cujo centro está a
aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a direção do professor.
O
planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação
docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto
social. A escola, os professores e os
alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no
meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais
que caracterizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planejamento
escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de implicações
sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão, o
planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se
não pensarmos detidamente sobre o ruma que devemos dar ano nosso trabalho,
ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na
sociedade. A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações
docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência
permanente situações didáticas concretas (isto é, a problemática social,
econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos,
os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino).
3 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
Para poder planejar adequadamente a
tarefa de ensino e atender às necessidades do aluno é preciso, antes de
qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e
seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber
quais as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos.
Fazendo isso, estaremos fazendo uma Sondagem, isto é, buscando dados.
Uma vez realizada a sondagem, deve-se
estudar cuidadosamente os dados coletados. A conclusão a que chegamos, após o
estudo dos dados coletados, constitui o Diagnóstico.
Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se
o risco de propor o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou, ainda,
o que já foi alcançado.
4 O PLANO DA
ESCOLA
O plano da escola é o plano pedagógico
e administrativo da unidade, onde se explicita a concepção pedagógica do corpo
docente, as bases teórico-metodológicas da organização didática, a
contextualização social, econômica, política e cultural da escola, a
caracterização da clientela escolar, os objetivos educacionais gerais, a estrutura
curricular, diretrizes metodológicas gerais, o sistema de avaliação do plano, a
estrutura organizacional e administrativa.
O plano da escola é um guia de orientação
para o planejamento do processo de ensino. Os professores precisam ter em mãos
esse plano abrangente, não só para uma orientação do seu trabalho, mas para
garantir a unidade teórico-metodológica das atividades escolares.
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COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
O plano de ensino é um roteiro
organizado das unidades didáticas para um ano ou semestre. É denominado também
de plano de curso, plano anual, plano de unidades didáticas e contém os
seguintes componentes: ementa da disciplina, justificativa da disciplina em
relação ao objetivos gerais da escola e do curso; objetivos gerais; objetivos
específicos, conteúdo (com a divisão temática de cada unidade); tempo provável
(número de aulas do período de abrangência do plano); desenvolvimento metodológico
(métodos e técnicas pedagógicas específicas da disciplina); recursos
tecnológicos; formas de avaliação e referencial teórico (livros, documentos,
sites, etc)
6 plano bimestral:
O planejamento do bimestre pode conter
uma unidade didática ou mais. É uma especificação maior do plano de curso. Uma
unidade de ensino é formada de assuntos inter-relacionados. O planejamento
bimestral das unidades didáticas também inclui objetivos, conteúdos, etc. Em
princípio, deve ser planejado ao final do bimestre, ou período que o antecede,
pois esta lhe servirá de base ou apoio. Isto significa que os bimestres ou
unidades serão planejadas ou replanejadas ao longo do curso.
7 Planejamento de aula:
O plano de aula é o detalhamento do
plano de ensino. As unidades didáticas e subunidades (tópicos) que foram
previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma
situação didática real. A preparação da aula é uma tarefa indispensável e,
assim como o plano de ensino, deve resultar num documento escrito que servirá
não só para orientar as ações do professor como também para possibilitar
constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o
aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências conjugando a
prática e a reflexão criteriosa sobre a ação e na ação, tendo em vista uma
prática constantemente transformadora para melhor.
REFERENCIAL
TEÓRICO
1. BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair
Martins. Estratégias de ensino-aprendizagem. 11 ed. Petrópolis: Vozes,
1989. p. 117-118.
2. LEITE, Lígia Silva (coord) et all. Tecnologia
Educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis:
Vozes, 2003
3. LIBÂNEO, José Carlos. Didática.
São Paulo: Cortez, 1991. p. 221-247
4. MARTINS, José do Prado. Didática
geral. São Paulo: Atlas, 1988. p. 183-194.
5. NÉRICI, Imídeo G. Introdução a
Didática Geral. Rio de Janeiro: Ed. Científica, s.d., 149-157.
6. PILETTI, Claudino. Didática Geral.
23 ed. rev. São Paulo: Ática, 2003. p.
60-85
7. VASCONCELOS, Celso dos S. Planejamento:
projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 5. ed. São Paulo:
Libertad, 1999. p. 148-151.
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